quinta-feira, maio 18, 2006

À conquista da varanda




Estando todos os mares completamente desbravados, a Taprobana ultrapassada e as Tormentas dobradas, nos tempos que passam restam poucos desafios ao sempre curioso e conquistador povo luso. Como tal havia que descobrir novos espaços para extravasar o ar que nos incha o intrínseco balão da aventura. E onde encontram os actuais portugueses os novos horizontes a alcançar? Nas varandas! Nem mais nem menos, as varandas. É naquelas lajes limitadas no espaço mas ilimitadas nas potencialidades que os nossos compatriotas – e quem sabe o próprio benevolente leitor – acham os infinitos para poderem soltar as amarras das naus da criatividade doméstica.

É vê-los desesperadamente à procura da varanda num qualquer andar a comprar, como quem procura o feito que lhe permita entrar no paraíso aquando a entrevista com S. Pedro. E, depois do crédito aprovado e a mudança assegurada, toca de conquistar tão virgem e desperdiçado (no uso) cubículo, para envagelizá-lo às sagradas aptidões do arrumo e do aproveitamento espacial. Mas qual varanda aberta, qual quê? Para que se deverá respeitar os estúpidos critérios arquitectónicos, quando todos sabemos que as casas já são tão mal projectadas no espaço interior para se poder deitar espaço ao ar “livre”? Não senhores, há que marcar o território com um pelourinho pessoal, e como dá trabalho deitar paredes abaixo (não é uma questão de segurança, é só mesmo uma questão de trabalho) vamos lá a cunhar o edifício com a nossa marquisezinha. É com ela que nos podemos impor no selvagem mundo urbano, nas selvas de betão. É ali que finalmente poderemos exercitar os genes da conquista e do povoamento.

Não há cores nem materiais, cada um usa o que quer – é assim, como há seis séculos – para ordenar e mostrar a sua conquista. Depois é só povoar a nova nação “marquiseira” com os inevitáveis electrodomésticos “de lavar”; os estendais de parede e os armários “da ferramenta” e “dos sapatos”. Ah, ainda falta um ou dois vasinhos e a gaiola dos passarinhos para dar alguma “liberdade natural” ao lugar (senão corre-se o risco de ficar tudo “muito fechado”).

E assim se vão pontilhando as fachadas dos nossos edifícios, numa corrente que poderia até suscitar uma nova ciência etérea: a marquizologia. Sim, porque a marquise de cada um diz muito acerca da sua personalidade. E a ausência desta ainda diz mais. Ensaiemos:
- varanda aberta: alguém que é um conformado com o que tem, sem ambição nem espírito aventureiro, enfim, um resignado; por outro lado, pode ser também alguém que gosta de ter um bocadinho de “rua” em casa, que o permita libertar-se das más energias que se vão acumulando na clausura do lar;
- vidros foscos ou martelados: personalidade ambígua e reservada que gosta de luz mas não gosta de mostrar, indivíduo de afirmação dúbia; ou também poderá ser alguém que, respeitando o próximo (ao não mostrar a sua intimidade), gosta de ser respeitado (pelos mesmos motivos);
- estruturas em alumínio colorido: indivíduo leve e alegre;Etc. etc. (para mais consultas de marquizologia, é enviar um mail para o endereço ao lado, juntamente com a morada para onde enviar a factura dos simbólicos honorários)

Eu só não entendo uma coisa; ao fim de tantos anos de varandas fechadas, porque é que o crédito à habitação, ou a celebração do acto de escritura, não inclui um “kit marquise”? Isto sim, seria uma operação de marketing lógica e útil, para além de ser um exemplo de serviço público e o assumir de uma instituição cultural do nosso país e das nossas gentes.

claro no escuro

Considerandos sobre o amor (37)

Imagem Daqui



L'amour sans jalousie est comme un Polonais sans moustache.
Proverbe polonais

O amor sem ciúme é como um polaco sem bigode. O ciúme é como um apêndice que podemos usar de vez em quando mas não em permanência assim como é giro usar um barrete por uns dias que se tira para dormir…

Amar sem ter medo de se perder quem ama é quase impossível. Será excesso de segurança ou de confiança? Será total desprendimento relativamente aos outros? Não sei. Para mim o ciúme é como um condimento que se deve usar para dar gosto, de vez em quando, q.b. porque demasiado salgado ou apimentado faz perder o verdadeiro sabor da relação…

Amorizade
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Amor em tons de azul

Hindy
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Nave Terra

Nave Terra
Cheia de Natureza
O Céu é convosco
Bendita sóis vós
entre os Planetas
Bendito é o Fruto
de Vossa Semente
Vida....Vida...Vida...
Santa Terra
Mãe dos humanos
Providenciai por nós mortais
Agora e na Hora de Nossa Sorte
Amém Amem Amém Amem
canta Rita Lee

Hanah

quarta-feira, maio 17, 2006

Nova Moda?






Imagens daqui

Zeca
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Uma foto, um pensamento ( VIII )

Saudades dela e dos seus devaneios!

Saudades da sua voluntariosidade e dos seus caprichos!

Escrevi-lhe mas não obtive resposta.

Se por algum acaso tropeçarem nela ao virar de uma qualquer banheira, dêem-lhe um abraço!

Devaneios
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Inadequado

Ela ouviu um ruído. Levantou apressadamente e correu até a sala acendendo a luz. Ouviu passos e caminhando lentamente até a porta, encostou a cabeça na parede tentando ouvir quem estava do lado de fora. Sua respiração era lenta, seu corpo suava. Estava em pânico. O medo era dilacerante.

De repente ouviu por trás da casa um estrondo. Um vidro se espatifando. Era madrugada e lá fora o frio castigava. Não tencionava enfrentar a criatura, pois sabia que aquilo que queria pegá-la não era nem humano.

Abriu a porta e saiu pela floresta, correndo desesperadamente, corria como nunca. Saltava os buracos, se esquivava das árvores, cada vez mais ofegante. Atrás dela os ruídos eram mais vivos. Ela sentia que já perdia as forças e já começava a gritar por socorro. Estava enlameada, estava cansada e faminta. De repente ela tropeça num galho e cai na terra molhada.

Então era tarde demais. Olhou para trás e pôde contemplar o pior dos horrores. Ele andava sobre ela pisando em seu frágil corpo, sujo e ferido. Ela implorava por liberdade. Só queria viver, só queria sobreviver. Então ela tentou ficar de pé, mas levou um soco no maxilar. O golpe fez com que ela perdesse os sentidos e desmaiasse. Então ele a pegou pelos cabelos e foi puxando sua presa com toda a naturalidade de quem consegue o que quer com a facilidade com que se tira o doce de uma criança.

Não demorou muito e ela acordou. Estava sendo arrastada pelos braços agora, sua veste rasgada, sua pele negra de lama, sua boca sangrando. Ela tentava gritar, mas nem tinha mais forças. Foi quando ele parou na beira do precipício, tirou uma faca de caça de sua cintura e cortou uma mecha de seu cabelo. Depois passeou com a ponta da faca em seu rosto vagarosamente abrindo um corte na sua face. Ela gemia baixinho, choramingava. Então ele retalhou seu corpo, brincando com seu sofrimento, com a sua dor, ele debochava de seu suplício, vendo a moça perder sua vida aos poucos. Sem ninguém para acudi-la. Não satisfeito com a tortura maquiavélica imposta, o algoz amordaçou a sua vítima e amarrou uma bigorna em volta de seu corpo e a fez caminhar até a beira do precipício, e perguntou com sua voz descomunal:

Monstro do mau: mocinha, você tem algo a dizer antes de morrer? Hahahahaha

Bia: sim, sim, eu juro que não assisto mais filmes de terror de madrugada.

Nota: este monstro é perigosíssimo, se o encontrarem, corram!

Smallvile
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terça-feira, maio 16, 2006

Força Portugal

Não importa quem foi ou não convocado, esqueçámos tudo aquilo que aconteceu até agora e vamos iniciar mais uma canpanha de verdadeiro apoio à nossa selecção!!
Foto daqui
FORÇA PORTUGAL!!

Pisconight
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se a distância tudo invade

que venha então o culto do silêncio. declaradamente fértil. nas tuas mãos.
e as coisas que vivem do declínio como se do pudor já não restasse nem memória-----terra transitória não é o teu fruto invisível?
imagens de R.E.

Mendes Ferreira
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É triste não ter amigos?



“Ainda mais triste é não ter inimigos!
Porque quem não tem inimigos, é sinal que não tem:
Nem talento que faça sombra;
Nem carácter que impressione;
Nem coragem para que o temam;
Nem honra contra a qual murmurem;
Nem bens que lhe cobicem;
Nem coisa alguma que invejem…”
"Voltaire"

alyia
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