sábado, março 04, 2006

Quaresma

Hoje vou falar da Quaresma. Não, não é o jogador do F.C. Porto. Estou a falar do período entre o Carnaval e a Páscoa no qual os cristãos fazem "jejum e abstinência" nas sextas-feiras. Acontece que esse "jejum e abstinência" é mais entendido como "não comer carne às sextas-feiras". Eu, apesar de baptizado cristão (estou a tentar arranjar maneira de me livrar deste vírus que é o Cristianismo...) não cumpro nenhuma lei ou tradição cristã e, inclusive, questiono a moralidade dos princípios dessa mesma religião. Essa tradição estúpida leva a casos igualmente caricatos...

Em primeiro lugar, é importante referir que nas escolas os "manda-chuva" têm a mania de por na ementa dessas sextas-feiras coisas que não envolvam carne. Porquê? Sei lá, manias... A maior parte da população portuguesa é, de facto, cristã, e eles colocam os interesses dos cristãos acima dos outros. E os praticantes de outras religiões que se amolem, certo? Bah!

Felizmente, eu nunca como na escola. A comida de lá é intragável. Portanto, almoço sempre nalgum café ou estabelecimento que esteja perto da escola, onde se come muito melhor por um preço quase equivalente. Os meus colegas decidiram comer sandes de atum apenas por causa desta tradição idiótica. Eu tentei não me rir às gargalhadas, mas tal foi (quase) impossível, uma vez que um disse-me que eu iria para o Inferno se comesse carne. Incrivelmente, consegui conter-me e não me ri, dizendo apenas ao que estava ao meu lado que a religião é um vírus pior que o da SIDA.

Pois é... Aparentemente há muitos que seguem esta tradição, e as sandes de atum estavam esgotadas e tinham que as fazer primeiro. Resultado: eu fui imediatamente servido e eles ficaram à espera. Ora tomem! Aqui está uma prova que seguir as tradições religiosas não compensa de maneira alguma. Enquanto comia, eles esperavam pelo seu almoço impacientemente. Eu acabara de provar que a religião não valia a pena.

No fim do almoço, perguntei a um deles se valeu a pena o "sacrifício". A resposta foi, obviamente, um não. Espero que eles tenham aprendido a lição com isso. A mensagem que fica é a seguinte: a religião não serve para nada. Cortar com os prazeres da vida, levar as pessoas à loucura ao ponto de as obrigar a debitar paleio sozinhas... A religião é a imoralidade no seu sentido mais extremo. Eu não sou esquisito, pois o meu alvo são todas as religiões, e não só algumas. Nenhuma vale a pena...

E o resto, como dizem, é conversa...

Belógue

1 Comments:

At domingo, 05 março, 2006, Blogger Sérgio said...

...o que este post já deu que falar, lá na origem!

 

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