Hoje recebi uma daquelas novidades...
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Daquelas que pensei que já não faziam doer cá dentro, e no entanto, esta fez… Uma amiga minha está grávida, pela segunda vez… Somos da mesma idade, ela casou um ano mais cedo do que eu, e já vai no segundo… Quando nasceu a primeira, a S., andava eu nos treinos há pouco tempo, e lembro-me que a fui visitar, entusiasmadíssima, a tentar aprender tudo o que havia para aprender, já a pensar que em breve seria a minha vez de precisar de saber todas aquelas coisas, de ter todos aqueles cuidados… Fiz milhares de perguntas sobre a gravidez, o parto e aqueles primeiros dias em que tudo era maravilhosamente novo e surpreendente… Estava ansiosa por passar por tudo e pensava que não demoraria muito…
Nessa altura, aproveitei a viagem a Lisboa para me encontrar com outra amiga que por sinal também estava grávida de quase 6 meses e, mais uma vez, fiz mil e uma perguntas, agora sobre a fase dos treinos e das tentativas, o tempo que demorava, como ela tinha descoberto e contado ao marido…
Queria preparar-me o melhor possível (como sempre) para esse momento mágico em que, depois das primeiras suspeitas, se descobre (felicidade suprema!...) que o milagre aconteceu, que uma nova vida está a nascer e a desenvolver-se dentro de nós… E imaginava já mil e uma maneiras de contar a grande novidade ao meu amor: como o faria, em que momento, em que registo (a brincar, ou de forma dramática e surpreendente?...), e, mais tarde, a toda a família… Na altura, ainda pensava que o nosso futuro filho seria o primeiro das nossas duas famílias (hoje sei que não…), e imaginava a felicidade imensa que iríamos dar a toda a gente, aos meus pais, ao meu sogro, a todos os outros… Já tinha havido imensas discussões sobre nomes: o de menina já escolhido, o de menino mais polémico…
Na altura tudo era possível, tudo era bonito, tudo eram expectativas e sonhos e ilusões… Tudo era uma questão de tempo (pouco!...) e eu apenas me preparava para viver com toda a intensidade essa felicidade inimaginável…
Entretanto, as coisas mudaram, e muito… E têm vindo sempre a mudar, de tal forma que eu pensava que já conseguia lidar perfeitamente com as novidades de gravidezes da família e das amigas… Pensava que já só sentia felicidade e que essas notícias já não me faziam sentir esquecida e injustiçada pelo destino ou pela vida… Mas parece que ainda não atingi a serenidade tão plena quanto gostaria… Ainda tenho que crescer mais, que aprender mais, que ser melhor… Mas eu vou conseguir, tenho a certeza: se cheguei até aqui, também posso ir mais longe...
Musa sem Inspiração
1 Comments:
Obrigada por me considerares digna de figurar aqui!... É uma honra!
Beijinhos e até qq dia!
Musa
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