quinta-feira, fevereiro 16, 2006

O mundo ao contrário?

Em finais do ano passado comprei uma caixa com os DVDs das seis séries de The West Wing ("Os Homens do Presidente", em Portugal).
Confesso que me assustei quando a dita caixa chegou cá a casa. Pensei que íamos levar anos a fio até ver aquilo tudo.
Contudo, passados uns meses, já admito que estará tudo visionado até ao final do corrente ano. É que a série é de tal forma excelente, que se tornou num verdadeiro vício. Quase não há dia em que não arranjemos maneira de ver dois episódios seguidos.
Foi a ver um dos episódios da segunda série que tomei conhecimento da existência da projecção de Peters (eu nestas coisas ando sempre com várias “guerras” de atraso). Neste episódio, uma organização (fictícia) denominada Organização dos Cartógrafos para a Igualdade Social, numa audiência com dois membros do gabinete do presidente Bartlett, procurava obter o apoio necessário para que se criasse legislação no sentido de o mapa-mundo projectado por Peters ser usado nas escolas norte-americanas.

A abordagem do assunto foi de tal forma interessante que me levou a "investigar" a história dos mapas-mundo. Mas pela rama, que a minha vida não é isto.

O mapa-mundo que melhor conhecemos é o que foi projectado pelo flamengo Gerhardus Mercator em 1569. Mas este mapa, feito para orientar navegadores, distorce a área terrestre pois, na realidade, o continente africano é maior, a Europa é mais pequena do que a América do Sul e o Alasca não é maior do que o México. Além disso, este mapa dá mais ênfase ao hemisfério Norte.


MERCATOR
O mapa de Peters foi elaborado em 1974 por Arno Peters e corrigiu muitos dos erros projectados pelo mapa de Mercator. Mostra os países e os continentes nas suas correctas proporções e reduz o domínio visual do hemisfério norte-americano. É, por isso, considerado como um mapa mais justo para com os povos.

PETERS

Uma projecção mais recente é o mapa Hobo-Dyer. Menos distorcido do que o mapa de Peters, este mapa tem dois lados que mostram o mundo inteiro de modos diferentes. Um lado é centrado em África e tem o Norte no topo, o outro é centrado no oceano Pacífico e tem o Sul no topo.

HOBO-DYER (Lado B)

É interessante reflectir sobre o quão diferente poderia ser a história mundial se desde o início o mundo nos tivesse sido apresentado assim, de "pernas para o ar".

Lote 5 - 1º Dto.

1 Comments:

At quinta-feira, 16 fevereiro, 2006, Blogger Carlota said...

Parece-me que os mapas ficaram bem nestas paredes!
Beijola.

 

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