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Foto de Celso Oliveira (wwwlocalfoto.com.br)
O amor é misantropo, mas se poliniza em si mesmo sendo, então, ambos, abelha e flor num só ser, melhor, estar. Não tenho planos e nunca quis tê-los. Inauguro-me a todo instante. Agora, por exemplo, o abominável, por causa do desejo que sinto tão fortemente. Depois, sei lá, mas sempre amante. Do passado, presente, futuro, do inédito e do tédio também. Sou uma soma de percepções e toda soma, e toda percepção são abstratas, apenas aproximações de um algo real, mas não é realidade. A vida é real? O amor, certamente, não é.

Fenos e Fenótipos

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A Mão Esquerda
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