Ando a moer há algum tempo esta ideia...

Não sei porque escrevem vocês, não quero saber, não me interessa. Como também não me interessa porque escrevo, para quem e sobre o quê. Não quero publicar livros, anúncios, ou ter pretensões que gostem do que escrevo. Quem de vocês receber o que escrevo e o fizer serenamente, agradeço, porque não sou indiferente às pessoas que comigo perdem tempo. E só gosto dos que aqui escrevem de alma na boca. Sem o fazerem para receber aplausos, para se mostrarem, porque nunca são vistos, porque desesperadamente buscam o reconhecimento.

Os mascarados que aqui têem vindo, almas perdidas nas luzes dos holofotes de palcos que pisam, deveriam perceber que têm a dimensão que lhes é devida. Só, nada mais nada menos. Quando abandonam o vosso palco só são de facto aquilo que são capazes de fazer das vossas vidas. Não pretendam por isso os meus aplausos deslocados dessa plateia desse palco. Quem assim aqui está não me merece o olhar e nem sequer o trabalho que me dá parar para pensar na mesquinhez desse gesto.

Para esses, que como abutres esperam a minha chegada, e de todos os que gosto, que se escondem por detrás de todas as letras do abecedário digo, não se cansem. Porque para mim não existem, têem a cobardia dos falsos heróis, a pretensa e fútil razão de pensarem que são alguma coisa.

Para vocês de quem gosto, a quem comento, digo sim aceito todas as brincadeiras mas aceito também todas as críticas, porque são vossas, porque ganharam um lugar que vos permite tudo fazer. Todos vocês têm um nome e não se escondem por detrás de letras do abecedário desvirtuando-o, inventando nomes letras para cá virem. Mostram-se dão a cara vão à luta, à vossa luta.

Perante vocês me inclino com o respeito imenso que vos devo. Independentemente deste mundo virtual, do que pretendem, do que são.

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