Loas à chuva e ao vento...
As pequenas gotas batiam na janela, embalando o meu sono. Aconcheguei melhor o rosto na almofada e recordei um Poema que em tempos li. Deixo-o aqui…
Chuva, porque cais?
Vento, aonde vais?
Pingue... Pingue... Pingue...
Vu... Vu...Vu...
Chuva, porque cais?
Vento, aonde vais?
Pingue... Pingue... Pingue...
Vu... Vu...Vu...
Ó vento que vais,
Vai devagarinho.
Ó chuva que cais,
Mas cai de mansinho.
Pingue... Pingue...
Vu... Vu…
Muito de mansinho
Em meu coração
Já não tenho lenha
Nem tenho carvão...
Pingue... Pingue...
Vu... Vu…
Que canto tão frio,
Que canto tão terno,
O canto da água,
O canto do Inverno...
Pingue...
Que triste lamento,
Embora tão terno,
O canto do vento
O canto do Inverno...
Vu...
E os pássaros cantam
E as nuvens levantam.
(Poema de Matilde Rosa Araújo in "O Livro da Tila")
Poesia Portuguesa
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