terça-feira, fevereiro 28, 2006

DA MESA DO ORIENTAL





AINDA NO FIO DA ESPADA

Bom ponto feito pelo Misantropo em sede da nobre arte. Harrison é um velho clássico, e, ainda que, em meu entender, mais genuíno que o filósofo Herrigel , pertencem ambos à primeira vaga dos divulgadores das artes marciais japoneses no Ocidente, quando pelo Dai-Nippon também andava o nosso Wenceslau, mais dado a outras estéticas e absolutamente imune ao fighting spirit.
Quanto me apercebi, há algum consenso entre os sensei no que respeita à literatura para nanban-jin; nele, a colectânea clássica de Sato, Sword and the Mind, alguns títulos que já aqui trouxe um dia, dos quais se recomenda pelo extremo interesse (apesar do título algo restritivo) o esboço de uma teoria das artes marciais por Kenji Tokitsu.
O melhor de tudo ainda é a prática, in loco, com os sensei da velha guarda, a quem os livros pouco interessam e com quem se aprende mais num dia do que num ano a ler. E para contrabalançar o excesso de entusiasmo cultural no Japão, recomenda-se vivamente Kurt Singer, Mirror, Sword and Jewel -- porventura uma das mais agudas e desapaixonadas análises do espírito japonês, ou numa versão mais light, Kurt Singer, A Japanese Mirror. Heroes and Villains in Japanese Culture

Je Maintiendrai