quarta-feira, fevereiro 22, 2006

A contas com as contas

Correm rumores de que vários bancos portugueses recusam a abertura de contas bancárias a pessoas desempregadas. Numa primeira análise, esta parece ser uma medida discriminatória dos mais pobres. Mas eis que não, bem pelo contrário, aqui está a prova de que em Portugal nem sempre são os pobres os mais prejudicados. Senão, vejamos: Os desempregados pobres não têm dinheiro, logo não precisam de contas bancárias para nada. Mas, e os ricos? E os “pobres” ricos deste país?

É chocante saber que ex-deputados, ex-presidentes de Câmara e outros ex-desgovernantes, actualmente desempregados, poderão estar sem conta bancária onde depositar os chorudos subsídios de reinserção e outras benesses pelas quais tão pouco trabalharam. Claro que assim estes discriminados da sociedade são obrigados a abrir contas no estrangeiro, pois são. Alguns, tentando defender-se do sistema, ainda abrem contas em nome de sobrinhos, mas o problema é que daqui a pouco tempo também não vai haver sobrinhos com emprego...

Diálogo possível numa agência bancária:

Bancário – Bom dia, em que posso ajudá-lo?
Cliente – Bom dia. Queria abrir uma conta, por favor.
Bancário – Muito bem, vou precisar do seu nome e profissão actual.
Cliente – Jorge Sampaio, actualmente estou desempregado.
Bancário – Ah, pois… Lamento, mas não estou autorizado a abrir contas em nome de pessoas sem emprego. Se fizesse o favor de se afastar da fila, obrigado. PRÓOOOXIMO!

Macaco Adriano

1 Comments:

At quarta-feira, 22 fevereiro, 2006, Blogger webisomem said...

Não, este post por acaso não é do Macaco Adriano...

 

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