segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Confissões de Domingo

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Vou começar este post de 2ª feira com uma frase domingueira: Ao Domingo, acordo sempre com cara de Domingo: levanto-me com feitio de domingo; olho para o espelho e, claro está, vejo-me com cara de domingo, ando pelos cantos como se fosse domingo; mal consigo ter uma conversa de jeito ao domingo e estou sempre irritadiça...ao domingo.

Levanto-me aos zig-zags, tropeço nas dog`s que estão fartas de me ouvir praguejar contra os domingos e, por isso, teimam em dormir todo o dia, só para fingir que não me ouvem, chego à cozinha e já sei que vou ter que comer pão-sola de sapato na torradeira, porque a padaria está fechada e porque ao domingo dou descanso à roupa da semana, sendo o pijama rei cá em casa.

Se pudesse pintar um domingo numa tela, pegava numa lata de tinta cinzenta e pincelava o quadro todo com um cinzento vazio, impessoal, triste, enjoado e preguiçoso...

Bem sei que o domingo é o dia dos milagres e das missas, o dia das eleições, o dia de arrumar os livros e arquivar papelada, de ir aos centros comerciais apinhados de gente, de lavar o carrinho, o dia de Páscoa, o dia da maior parte dos jogos de futebol, o dia em que a televisão não tem um programa de interesse, o dia que antecede a segunda-feira, mas... para mim, todos os domingos me parecem domingos, invariavelmente iguais uns aos outros.

Os domingos fazem-me lembrar os dias de ressaca.

Domingo é o dia dos ovos estrelados, salsichas e batatas fritas cá em casa (o que até nem é muito mau). É o dia em que não há coincidências e onde tudo é irrelevante. É o dia do deixa andar que amanhã logo se vê.

Enquanto não perceber o efeito positivo que os domingos têm para mim... não gosto deles!

Sim, hoje é 2ª feira. Esperavam que eu fizesse um post ao Domingo? No Way!!!!!!
PIU!!!

Barroco da Mocho