quarta-feira, fevereiro 15, 2006

AAARRRGGGGHH!! A mim não! NNÃÃÃOOOO!!!...

Foto: Patologista
AVISO: Se é uma pessoa sensivel não leia este post!

Ontem tive que ir fotografar uma exposição de instrumentos médicos, no Jardim Botânico do Porto. As peças, históricas, eram variadas; serrotes para cortar pernas ou braços, lâminas para fazer sangrias, objectos para abrir o cérebro, enfim, todo um sem número e horrores.
Mas o pior ainda estava para vir... Aquele objecto que pode ver no inicio deste post é o que se chama um instrumento invasivo. Ou seja, ele penetra no corpo. Só para terem uma ideia, o ferro que se vê tem cerca de 30 centimetros e a espessura anda à volta do dobro de um lápis.
E agora pergunto eu, aonde é que este ferro penetra? Onde???

No rabo? Não!
Na vagina? Não!
Na Garganta? Não!
Nas orelhas? No nariz? Não e não!

Pois, agora é a parte dura. Aquela cena servia para meter pela PILA!!! Aquele ferro é suposto entrar pela pequena ranhura que todos nós (os machos) temos na pila!!! Uma ranhura onde não me parece que coubesse sequer uma moeda de um cêntimo.
Passo a descrever: O ferro penetra pela pila fora (melhor será dizer dentro), e vai até ao fundo. Uma vez todo (sim, eu disse todo) enterrado, a ponta faz de alicate e destrói os chamados cálculos de Thomson. Uma vez destruidos o ferro é retirado. Mais aliviados? Não! É que passamos à fase seguinte. O ferro é substituido por outro dos que estão na caixa, que volta a ser introduzido (sim na pila!), para aspirar as pedrinhas!!! Eles aspiravam a pila por dentro!!!!
Quando eu estava a fotografar inocentemente a peça, veio alguém explicar-me o seu uso. Instintivamente recuei dois passos e protegi a minha preciosa pila, qual futebolista numa barreira. De noite sonhei com o ferro a perseguir-me e a gritar " Dá-me a pila! Dá-me a pila!"
Acordei e constatei que estava inteiro. Aliás, inteira!
E só uma questão me persegue ainda:
-quem é que procurava um médico nesta altura?

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